quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Fertilização In Vitro

Ao contrário de inseminação, esta técnica consiste em extrair os óvulos do ovário e fertilizá-los no laboratório, em seguida, deposita-los no útero. Esta técnica inclui várias fases as quais serão descritas a seguir:

1. A estimulação ovariana:

Trata-se do uso de drogas que estimulam uma maior produção de óvulos. A mulher precisa ter o que é chamado de superovulação para maior possibilidade. Esta fase é monitorizada por ultrassonografia transvaginal e determinações de estradiol no sangue.

Quando se considera que os folículos (unidade básica do sistema reprodutor feminino que consiste em agregações esféricas de células encontradas no ovário), estão maduros e medem aproximadamente 16 a 18 mm de diâmetro se programa a extração dos óvulos. Se na ultrassonografia, for observado  um número excessivo de folículos, o medico pode achar apropriado cancelar a estimulação, uma vez que corre o risco de desenvolver uma síndrome denominada de hiperestimulação ovariana, tal síndrome caracteriza-se pelo acúmulo de líquido no abdômen, transtornos e/ou dor abdominal, aumento substancial do tamanho dos ovários, hemoconcentração que, em certos casos, podem levar a hospitalização.

2. A retirada dos óvulos:

Uma vez  que os folículos estejam amadurecidos, passa-se para a fase de extração a fim obter os óvulos. Isso é feito através de uma espécie de aspiração com agulhas e controlada com ultrassonografia, em uma sala de cirurgia e com leve sedação. A operação geralmente leva 15 minutos e o paciente, geralmente, vai para casa duas horas após o procedimento. O fluido folicular coletado é enviado para o laboratório e com o microscópio o médico identifica os óvulos e faz uma estimativa da sua qualidade e maturidade.

3. fertilização dos óvulos e cultura embrionaria:

A união do esperma com os óvulos é feito no mesmo dia da coleta, para isso é necessário obter uma amostra de sêmen do cônjuge. Dependendo das causas da infertilidade e de outros fatores, são possíveis a utilização de duas técnicas para a fertilização, quais sejam: A fertilização in vitro (FIV) convencional, onde os óvulos e espermatozoides são colocados em contato em uma placa de cultura. Os óvulos permanecem na placa até o momento da inseminação com os espermatozoides, que normalmente ocorre quatro horas após a coleta dos óvulos e; a Injeção Intra Citoplasmática do Espermatozoide (ICSI) no óvulo , como o próprio nome diz, o espermatozoide é injetado dentro do óvulo, aproximadamente 6 horas após a coleta dos óvulos.

Tanto na FIV convencional quanto na ICSI, todas as etapas do processo são realizadas com rigorosa assepsia, dentro de um laboratório que filtra o ar e remove qualquer tipo de impureza. Todo o ar do laboratório é tratado recebendo certificação classe 100, semelhante à indústria farmacêutica.

Cerca de 16 a 20 horas após, os óvulos são examinados sob um microscópio para determinar o número de óvulos fertilizados. É normal fecundar em torno de 7 em cada 10 ovócitos inseminados ou micro injetados. Depois de mais algumas horas em cultura, os óvulos fertilizados começam a se dividir, e, em seguida, iniciar o desenvolvimento embrionário. Durante o processo de separação, a morfologia global de embriões determina quais os viáveis ​​e, em seguida, determina o dia da transferência.

4. A transferência de embriões:

Ao contrário da retirada do ovulo, o processo para devolver os embriões para o útero não precisa de nenhum tipo de anestesia e, geralmente, é simples e rápido. Através de uma cânula (tubo plástico) fina, os embriões são introduzidos na cavidade uterina, sob a supervisão de ultrassons, a fim de assegurar que serão colocados no lugar certo.

Depois de saber o número de embriões viáveis, decide-se quantos serão transferidos, os outros serão armazenados no banco de embriões para quaisquer tentativas subsequentes. O número de embriões a serem transferidos serão determinados com base em vários parâmetros, tais como a qualidade do embrião, características e idade do paciente, as tentativas anteriores de gravidez por fertilização in vitro, etc. Geralmente ocorre a transferência de 1 ou 2 embriões, excepcionalmente podem transferir 3, número máximo permitido por lei.





5. Chances de gravidez:

As chances de gravidez com a FIV dependem de vários fatores. Os principais são: a idade da mulher (que é o fator isolado mais importante), a qualidade dos embriões produzidos, e a causa da infertilidade. Quando se fala em chances de gravidez é sempre bom ter em mente que a chance natural de concepção na espécie humana é baixa. Estudos científicos apontam que a probabilidade de concepção natural em nossa espécie gira em torno de 17% por ciclo ovulatório da mulher. Esta chance espontânea vai diminuindo progressivamente com o avançar da idade feminina.

Um casal em que a mulher tenha até 30 anos, que se submete a uma FIV e produz embriões de excelente qualidade pode ter chances de gravidez que chegam de 60 a 70% por tentativa. Veja que é mais do que o triplo da chance de uma concepção natural. Aos 35 anos da mulher, este mesmo casal teria 50 a 60% de chances de gravidez com a FIV. Aos 40 anos as chances ficam entre 30 e 40%, chegando a índices de somente 5 a 10% de taxas de gravidez em mulheres de 43 e 44 anos. A partir dos 45 anos, devido às chances muito reduzidas, mesmo com a FIV, o tratamento alternativo proposto é a doação ovular. Desta maneira, cada vez mais, a fertilização in vitro coopera para a realização de milhares de casais que têm o natural desejo de constituir uma família.

No geral, as chances de engravidar são muito boas.


Caso não consiga na primeira tentativa, não desista, estamos torcendo por você e por um sorriso lindo como esse para você chamar de seu.


Abraços e até a próxima.


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