segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Cesariana

A operação cesariana (também denominada cesárea) é uma técnica cirúrgica utilizada para retirar um feto de dentro do útero.

Para a realização da operação, é feita uma incisão transversal ou longitudinal (solução mais rara) sobre a pele da gestante, acima da linha dos pelos púbicos. São sucessivamente abertos os tecidos na seguinte ordem: Epiderme (tecido epitelial, pavimentoso estratificado e queratinizado),derme(tecido conjuntivo),hipoderme(tecido adiposo) e a aponeurose dos músculos reto abdominais, separados os músculos na linha média e abertos o peritônio parietal, o peritônio visceral e a parede uterina. O próximo tempo é a extração do feto, seguida da retirada da placenta e revisão da cavidade uterina. São então suturados os planos anteriormente incisados.

Dentre os motivos de indicação para realização da cirurgia cesárea no lugar do parto vaginal ou parto normal, estão situações de sofrimento fetal agudo, placenta prévia, lesão por herpes ativa no momento do trabalho de parto, prolapso de cordão, feto em posição transversal no momento do parto (mas um feto em apresentação pélvica não é necessariamente motivo de cesariana) e falha de indução quando há indicação de interrupção de gravidez.

Crítica:

Em todo o mundo, verifica-se um grande aumento de nascimentos por via cirúrgica, o que é chamado por alguns de "epidemia de cesáreas". O fenômeno refere-se ao descumprimento das recomendações da Organização Mundial da Saúde, que preconiza com base em evidência científica que cerca de 15% dos partos necessitem de intervenção cirúrgica, sendo as outras 85% em média gestações de baixo risco que podem ser levadas a termo pelo parto vaginal - comprovadamente mais seguro e menos invasivo, com menores taxas de morbidade para a mãe e o bebê. Diversos países têm taxas de cesariana muito acima dessa recomendação, incluindo o Brasil, onde mais de 50% dos partos totais ocorre por via cirúrgica (e, na rede privada de hospitais, a taxa é de mais de 80% de cesarianas).

As preocupações se devem ao fato de que a cesariana é uma cirurgia de grande porte, cujos riscos não devem ser ignorados. Para a mãe, eles incluem a ocorrência de aderências, infecções, hematomas, hérnias, lesões na bexiga ou outros órgãos, hemorragias, acidentes anestésicos e tromboembolismo. Para o bebê incluem cortes acidentais, desconforto respiratório, maior necessidade de UTI neonatal e mais dificuldades posteriores na amamentação.

No Brasil

Em 2013 57% dos mais de 2,9 milhões de bebês no Brasil nasceram por meio da cesariana. Esta taxa vem crescendo há mais de 20 anos, confirmando a liderança mundial em partos cesáreos . Ela é principalmente atribuída ao alta índice nas instituições particulares e superior à soma do percentual das cesarianas desejadas pelas parturientes e dos casos medicamente necessários.

Faça o teste durante as visitas de pré-natal

Normalmente os obstetras gostam de ter um quadro com bebês dos quais fizeram o parto, vá perguntando à ele: "esse nasceu de parto normal ou cesariana (se foi cesárea, pergunte "por que?"). A tendência é que se a maioria foi de cesárea, o seu também terá grandes chances de ser cesárea mesmo que contra a sua vontade.

Abraços.

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Parto Humanizado


A expressão se popularizou, mas muita gente ainda não sabe o que é, afinal de contas, um parto humanizado.


Parto humanizado retoma antigos procedimentos e devolve à mãe o controle do ritmo do seu corpo na hora de dar à luz

Grande parte das mulheres passam a gestação preocupadas com a hora do parto, afinal a própria palavra se tornou sinônimo de algo sacrificado, difícil e até mesmo doloroso. Mas será que a hora de receber o bebê aguardado por nove meses deve ser realmente traumática? Para a enfermeira obstetra Andréa Porto da Cruz, não.

Com experiência na área de obstetrícia, a enfermeira é defensora do parto natural humanizado e diz que com este método a mulher pode ter total domínio do momento do nascimento. “O parto natural ou humanizado representa uma retomada do método antigo de dar à luz quando a mulher dita o ritmo do parto, ela escolhe como terá o bebê e quando ele nascerá”, diz Andréa.

A diferença entre parto natural humanizado e o parto normal é justamente a maneira como o processo é conduzido. No parto humanizado o atendimento é centrado na mulher, que é tratada com respeito e de forma carinhosa, podendo desfrutar da companhia da família, caminhar, tomar banho de chuveiro ou banheira para aliviar as dores. As intervenções de medicamento, aceleração do parto ou mesmo o tradicional corte vaginal acontece somente quando é estritamente necessário.

“Hoje o parto normal é mesmo um sofrimento. A mãe tem que ficar deitada todo o tempo em que está em trabalho de parto, geralmente com soro que acelera o processo, na hora do parto ela é removida para outra sala e recebe de qualquer forma o corte vaginal. Além de tudo isso ela não pode gritar, andar e muitas vezes fica sozinha durante este processo”, explica a enfermeira.

Alguns hospitais oferecem uma situação mais acolhedora na hora do parto, com quartos que são usados antes, durante e depois do parto, mas a também enfermeira obstetra Karina Fernandes comenta que para isso toda a equipe deve estar preparada e disposta para enfrentar o trabalho de parto no ritmo da mulher.

Karina acompanha partos em casa. Ela diz que a mulher que opta pelo parto natural deve estar disposta e consciente de que terá papel ativo no parto. A enfermeira, quando solicitada para este tipo de parto caseiro, acompanha a gestante desde o início das contrações até o nascimento e deve estar preparada para levar a gestante para o hospital caso o parto natural não seja realmente possível.

O grande medo de toda mulher é a dor. Sobre isso, Andréa explica que ela varia muito de pessoa para pessoa e que ela pode ser aliviada de forma natural, com massagens nas costas, aromaterapia, banhos de chuveiro ou de banheira. O tempo em que a gestante fica em trabalho de parto também pode ser variado. Em geral a primeira gestação leva em torno de 16 horas, já as demais o tempo chega a 12 horas.

Para que os casos de intervenção sejam minimizados existem alguns procedimentos que podem ser feitos antes de se optar pela cesárea. “Colocamos a gestante para fazer alguns exercícios em bola de parto e outros aparelhos para recolocar o bebê em posição para o parto. Vamos monitorando o tempo todo, com o partograma, que é um gráfico para avaliar a evolução do parto e no caso de necessidade de intervenção e em ultimo caso encaminhamos para a Cesárea”, diz Andrea.

Além do fator humano e sentimental o parto natural também oferece uma recuperação mais rápida para a mãe e menos risco para o bebê, isso por que ao nascer de parto natural ele corre menos risco de aspirar liquido e também de infecções.

Hoje no Brasil são realizados 80% de Cesáreas em hospitais particulares. Na rede pública este número cai para 35%, mas o número de nascimentos por parto normal ainda está muito abaixo do recomendado pela Organização Mundial da Saúde, que estipula uma média de 15% de cesáreas.

Passo a passo do parto Humanizado.

Pré-natal - Avalia a saúde física da mulher, incluindo todos os exames recomendados pela OMS, e também dá grande ênfase ao preparo emocional da mulher para o parto e a maternidade.

Início do trabalho de parto - Costuma ser espontâneo, ainda que o tempo de gestação ultrapasse as 40 semanas (com consultas e exames mais frequentes após 41 semanas).

Ruptura da bolsa - Costuma acontecer naturalmente, de forma espontânea, ao longo do trabalho de parto.

Duração do trabalho de parto - Respeita-se o ritmo natural do nascimento, que varia muito de um parto para o outro.

Posição durante o trabalho de parto - A mulher tem liberdade para escolher e alternar posições. Pode sentar na bola de parto, deitar na banheira, ficar de quatro sobre cama, acocorar-se nas contrações etc. 

Anestesia - É uma escolha da mulher, que é incentivada a dar preferência a métodos naturais de alívio da dor, como massagens, banhos mornos e o suporte físico e emocional de uma doula (acompanhante de parto). Quando a mulher decide pelo alívio medicamentoso, é feita uma analgesia, que tira a dor, mas não os movimentos.

Local - Hospital (suíte de parto normal, com chuveiro, banheira e bola de parto), em casa de partos ou em casa (apenas para gestantes de baixo risco).

Episiotomia (corte no períneo) - Realizada raramente, apenas se absolutamente necessário.

Contato com o bebê após o nascimento - Se o bebê nasce bem (o que é o caso da maioria), a prioridade do pediatra é garantir o contato pele a pele do recém-nascido com a mãe. O bebê é apenas enxugado e coberto com panos macios, no colo da mãe. São oferecidas todas as condições para que ocorra a amamentação na primeira hora de vida. A aspiração é feita apenas se for realmente necessário. O cordão é cortado só depois que para de pulsar. 

Participação da mulher - Compartilha a tomada de decisões com a equipe responsável pela assistência ao parto, que pode contar com médico ou parteira (enfermeira obstetra ou obstetriz). No segundo caso, o obstetra fica na retaguarda e é acionado apenas se necessário.


Abraços. 




segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Parto Normal


O parto normal é a maneira mais natural para dar à luz mas muitas mulheres têm medo da dor, no entanto é possível ter um parto normal completamente sem dor, através da anestesia epidural ou
recorrendo a outros métodos não farmacológicos, como banho de imersão, caminhar, massagens e acupuntura.

Mas é muito importante que a mulher faça o pré-natal para que ela e o médico saibam se existe algo que impeça o parto normal, como alguma infecção ou alteração no bebê, por exemplo, mas se estiver tudo bem com a mãe e com o bebê, não existem contraindicações para o parto normal, basta deixar a natureza agir.

Vantagens do parto normal para a mãe

As vantagens do parto normal para a mãe incluem uma recuperação mais rápida e um menor tempo de internamento hospitalar. Enquanto que as mães que foram submetidas a cesária precisam ficar pelo menos 4 dias no hospital, as que tiveram o parto normal, podem ir para casa com 3 dias. Outras vantagens são:

Menor risco de infecção;
Favorecimento da produção de leite materno;
Os laços sentimentais com o bebê ocorrem com maior facilidade;
O útero volta ao seu tamanho normal mais rapidamente.
Além disso a cada parto normal, o tempo de trabalho de parto fica mais curto. Normalmente o primeiro trabalho de parto dura cerca de 12 horas, mas a partir da segunda gravidez, o tempo pode diminuir para 6 horas, mas existem muitas mulheres que conseguem ter o bebê em 3 horas ou menos.

Vantagens do parto normal para o bebê

As vantagens do parto normal para o bebê incluem:

   1. Maior facilidade para respirar: Ao passar pelo canal vaginal, seu tórax é comprimido e isso faz com que os líquidos de dentro do pulmão sejam expelidos com mais facilidade.

   2. Mais atividade ao nascer: O bebê também se beneficia das alterações hormonais que ocorrem no corpo da mãe durante o trabalho de parto, fazendo com que ele seja mais ativo e responsivo ao nascer. Os bebês que nascem de parto normal quando ainda não tem o cordão umbilical cortado e são colocados em cima da barriga da mãe consegue se arrastar até o peito para mamar, sem precisar de nenhuma ajuda.

   3. Maior receptividade ao toque: Durante a passagem pelo canal vaginal, o corpo do bebê é massageado, fazendo com que ele desperte para o toque e não estranhe tanto o toque dos médicos e enfermeiros ao nascer.

   4. Mais calma: Ao nascer o bebê pode ser imediatamente colocado em cima da mãe, o que acalma mãe e filho e aumenta seus laços sentimentais, e após estar limpo e vestido, pode permanecer todo o tempo junto da mãe, se ambos estiverem saudáveis, pois não precisa ficar de observação.

O parto normal não pode ser realizado com dia marcado na agenda, mas o obstetra pode indicar a data prevista para o parto, o que ajuda os pais a se preparar para a chegada do bebê.

Abraços mamães.

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Parto

A hora chegou!!!!

Sinais de trabalho de parto


Conheça os sinais para reconhecer o tão esperado momento do parto e o nascimento de seu bebê.

Um enorme ponto de interrogação invade a cabeça da mamãe momentos antes de o nenê surgir definitivamente ao mundo.

A razão é simples: a insegurança de saber quando realmente chegou a hora de ter o bebê em seus braços é imensa, principalmente com as mamães de primeira viagem. Como saber se as contrações que sente são verdadeiras?

O corpo da mamãe se prepara para o parto algumas semanas antes do dia previsto para o nascimento do bebê. Aparecem algumas contrações consideradas falsas,chamadas de contrações Braxton Hicks.

São indolores, irregulares e não mais que quatro contrações por hora durante o descanso. Fique atenta se esse número for maior, pois pode ser o indício de trabalho de parto prematuro.

Alguns sintomas podem aparecer para avisar que a hora do trabalho de parto está chegando. O bebê se posiciona mais para baixo, o que dá uma sensação de compressão no baixo ventre que pode ser acompanhada de uma dor lombar e perdas vaginais mais intensas. O abdome endurece.

O tampão mucoso que bloqueia o colo do útero sairá da vagina (parece uma geleia rosada) e isso pode acontecer até 72 horas antes do começo do trabalho de parto. É a dilatação do útero que se inicia.

As contrações geralmente começam depois do rompimento da bolsa de água. Quando a bolsa estourar, ligue imediatamente para o seu médico ou parteira que geralmente te orientará ir para a maternidade.

Novatas - Em uma mulher primípara (que terá seu primeiro filho), o trabalho de parto dura em média de 12 a 14 horas. Para as mamães que já tiveram filho, o tempo médio é de 6 a 8 horas de duração.

No início do trabalho de parto, as contrações aparecem regulares com intervalos de cinco a dez minutos. Ao final, a mamãe deve senti-las a cada dois ou três minutos com duração de 30 a 45 segundos. Como uma onda, crescem aos poucos, atingem um ponto máximo e depois começam a diminuir.

O papel das contrações é o de abrir o colo do útero em 10cm ou mais para que forme um canal permitindo a passagem do bebê. Uma boa dica é se movimentar, andando durante o trabalho de parto, pois isso ajuda o bebê a descer e diminuir as dores das contrações. Técnicas de respiração e relaxamento também são importantes para aliviar as dores.





















Abraços.

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Sintomas da Gravidez

Os 10 primeiros sintomas de gravidez que podem surgir

1. Corrimento vaginal cor-de-rosa

Quando o óvulo é fecundado, pode haver um leve corrimento cor-de-rosa, que na verdade é o corrimento normal que a mulher apresenta (excesso de muco vaginal) com vestígios de sangue causado pela entrada do espermatozoide no óvulo e pelo seu deslocamento até o útero. Este corrimento pode surgir poucos minutos após a relação ou até 3 dias depois do contato íntimo, período de vida do espermatozoide dentro do organismo feminino. Por vezes, este corrimento só é observado quando a mulher vai limpar-se após urinar.

2. Cólica e inchaço abdominal

Com o óvulo fecundado há um aumento de fluxo sanguíneo na região pélvica, os hormônios femininos entram em ação para preservar o embrião e dar continuidade a gravidez, isto pode causar algum desconforto abdominal semelhante a uma cólica menstrual de fraca a média intensidade. Além disso, a mulher pode ainda ter uma pequena perda de sangue, similar a menstruação, mas em menor quantidade.

O inchaço abdominal também é um dos primeiros sintomas de gravidez e ele também é causado pelas intensas alterações pélvicas que estão acontecendo. O aumento do fluxo sanguíneo e a adaptação ao crescimento uterino são os maiores causadores deste leve inchaço abdominal, que para algumas mulheres pode passar desapercebido. Por volta da 7ª semana de gestação a parte de baixo do umbigo começa a ficar dura.

3. Mamas sensíveis e inchadas

Nas duas primeiras semanas de gravidez, a mulher pode observar que os seios ficam mais sensíveis e isto se deve a atuação dos hormônios que estimulam as glândulas mamárias preparando a mulher para a amamentação . Além disso, os mamilos podem ficar mais sensíveis e inchados, e a aréola pode ficar mais escura que o normal pelo aumento de fluxo sanguíneo na região.

4. Aumento da frequência urinária

Com o aumento da progesterona, haverá aumento da frequência urinária, sendo preciso até mesmo acordar a noite algumas vezes para "fazer xixi".

5. Espinhas e pele oleosa

As alterações hormonais podem levar ao surgimento ou piora de cravos e espinhas, chamados cientificamente de acne e, por isso, já nas primeiras semanas de gravidez, a mulher pode notar um aumento da oleosidade da pele que pode ser controlada com o uso de produtos de limpeza de pele e de higiene pessoal adequados.

6. Cansaço fácil

O cansaço fácil pode ser percebido logo nas duas primeiras semanas de gravidez devido às alterações hormonais e à diminuição da quantidade de açúcar no sangue.

7. Enjoos, vômitos e salivação

Enjoos e vômitos são comuns, principalmente pela manhã, e este é um dos sintomas de gravidez mais conhecidos, que surge, geralmente, após a 6ª semana de gestação e que pode perdurar por toda a gravidez. O aumento da salivação  também pode permanecer por toda a gravidez.

8. Tontura, sono e dor de cabeça

A tontura e o sono fora de hora são sintomas de gravidez que ocorrem por causa da queda da pressão arterial, da redução da glicose no sangue e da má alimentação devido aos enjoos e vômitos frequentes. Elas surgem logo nas primeiras semanas de gravidez, mas tendem a diminuir a partir da 20ª semana de gestação.

A dor de cabeça também é comum durante a gravidez devido as alterações hormonais, mas ela geralmente é fraca, embora persistente.

9. Aversão a cheiros fortes

É muito comum que no início da gravidez a mulher tenha aversão a cheiros fortes, mesmo que eles sejam aparentemente agradáveis, como perfume. A maioria das grávidas chega a vomitar após sentir um cheiro forte, como o da gasolina, do cigarro ou de produtos de limpeza, por exemplo. Este pode ser um dos sintomas que surge antes da  2ª semana de gravidez.

10. Variações de humor

Logo no início da gravidez, nas duas primeiras semanas de gravidez, a mulher poderá perceber algumas variações de humor, sem causa aparente. É muito comum a grávida chorar por situações que não a fariam chorar antes de estar grávida e este sintoma deverá permanecer por toda a gravidez.


Abraços.

Gravidez

Olá futura mamãe!

Esse é o espaço onde vamos falar um pouco dos primeiros sintomas da gravidez e também iremos contar tudo sobre a sua gestação, passo a passo, semana a semana.

Fiquem ligadas e nos acompanhe!

Seu comentário, sua sugestão de tópico e postagens são muito importantes para nós, aqui você pode: desabafar, criticar, sugerir, resenhar, relatar experiencias e etc. Sinta-se em casa, sua opinião é de grande valia.

Beijo na barriga e um forte abraço.

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Fertilização In Vitro

Ao contrário de inseminação, esta técnica consiste em extrair os óvulos do ovário e fertilizá-los no laboratório, em seguida, deposita-los no útero. Esta técnica inclui várias fases as quais serão descritas a seguir:

1. A estimulação ovariana:

Trata-se do uso de drogas que estimulam uma maior produção de óvulos. A mulher precisa ter o que é chamado de superovulação para maior possibilidade. Esta fase é monitorizada por ultrassonografia transvaginal e determinações de estradiol no sangue.

Quando se considera que os folículos (unidade básica do sistema reprodutor feminino que consiste em agregações esféricas de células encontradas no ovário), estão maduros e medem aproximadamente 16 a 18 mm de diâmetro se programa a extração dos óvulos. Se na ultrassonografia, for observado  um número excessivo de folículos, o medico pode achar apropriado cancelar a estimulação, uma vez que corre o risco de desenvolver uma síndrome denominada de hiperestimulação ovariana, tal síndrome caracteriza-se pelo acúmulo de líquido no abdômen, transtornos e/ou dor abdominal, aumento substancial do tamanho dos ovários, hemoconcentração que, em certos casos, podem levar a hospitalização.

2. A retirada dos óvulos:

Uma vez  que os folículos estejam amadurecidos, passa-se para a fase de extração a fim obter os óvulos. Isso é feito através de uma espécie de aspiração com agulhas e controlada com ultrassonografia, em uma sala de cirurgia e com leve sedação. A operação geralmente leva 15 minutos e o paciente, geralmente, vai para casa duas horas após o procedimento. O fluido folicular coletado é enviado para o laboratório e com o microscópio o médico identifica os óvulos e faz uma estimativa da sua qualidade e maturidade.

3. fertilização dos óvulos e cultura embrionaria:

A união do esperma com os óvulos é feito no mesmo dia da coleta, para isso é necessário obter uma amostra de sêmen do cônjuge. Dependendo das causas da infertilidade e de outros fatores, são possíveis a utilização de duas técnicas para a fertilização, quais sejam: A fertilização in vitro (FIV) convencional, onde os óvulos e espermatozoides são colocados em contato em uma placa de cultura. Os óvulos permanecem na placa até o momento da inseminação com os espermatozoides, que normalmente ocorre quatro horas após a coleta dos óvulos e; a Injeção Intra Citoplasmática do Espermatozoide (ICSI) no óvulo , como o próprio nome diz, o espermatozoide é injetado dentro do óvulo, aproximadamente 6 horas após a coleta dos óvulos.

Tanto na FIV convencional quanto na ICSI, todas as etapas do processo são realizadas com rigorosa assepsia, dentro de um laboratório que filtra o ar e remove qualquer tipo de impureza. Todo o ar do laboratório é tratado recebendo certificação classe 100, semelhante à indústria farmacêutica.

Cerca de 16 a 20 horas após, os óvulos são examinados sob um microscópio para determinar o número de óvulos fertilizados. É normal fecundar em torno de 7 em cada 10 ovócitos inseminados ou micro injetados. Depois de mais algumas horas em cultura, os óvulos fertilizados começam a se dividir, e, em seguida, iniciar o desenvolvimento embrionário. Durante o processo de separação, a morfologia global de embriões determina quais os viáveis ​​e, em seguida, determina o dia da transferência.

4. A transferência de embriões:

Ao contrário da retirada do ovulo, o processo para devolver os embriões para o útero não precisa de nenhum tipo de anestesia e, geralmente, é simples e rápido. Através de uma cânula (tubo plástico) fina, os embriões são introduzidos na cavidade uterina, sob a supervisão de ultrassons, a fim de assegurar que serão colocados no lugar certo.

Depois de saber o número de embriões viáveis, decide-se quantos serão transferidos, os outros serão armazenados no banco de embriões para quaisquer tentativas subsequentes. O número de embriões a serem transferidos serão determinados com base em vários parâmetros, tais como a qualidade do embrião, características e idade do paciente, as tentativas anteriores de gravidez por fertilização in vitro, etc. Geralmente ocorre a transferência de 1 ou 2 embriões, excepcionalmente podem transferir 3, número máximo permitido por lei.





5. Chances de gravidez:

As chances de gravidez com a FIV dependem de vários fatores. Os principais são: a idade da mulher (que é o fator isolado mais importante), a qualidade dos embriões produzidos, e a causa da infertilidade. Quando se fala em chances de gravidez é sempre bom ter em mente que a chance natural de concepção na espécie humana é baixa. Estudos científicos apontam que a probabilidade de concepção natural em nossa espécie gira em torno de 17% por ciclo ovulatório da mulher. Esta chance espontânea vai diminuindo progressivamente com o avançar da idade feminina.

Um casal em que a mulher tenha até 30 anos, que se submete a uma FIV e produz embriões de excelente qualidade pode ter chances de gravidez que chegam de 60 a 70% por tentativa. Veja que é mais do que o triplo da chance de uma concepção natural. Aos 35 anos da mulher, este mesmo casal teria 50 a 60% de chances de gravidez com a FIV. Aos 40 anos as chances ficam entre 30 e 40%, chegando a índices de somente 5 a 10% de taxas de gravidez em mulheres de 43 e 44 anos. A partir dos 45 anos, devido às chances muito reduzidas, mesmo com a FIV, o tratamento alternativo proposto é a doação ovular. Desta maneira, cada vez mais, a fertilização in vitro coopera para a realização de milhares de casais que têm o natural desejo de constituir uma família.

No geral, as chances de engravidar são muito boas.


Caso não consiga na primeira tentativa, não desista, estamos torcendo por você e por um sorriso lindo como esse para você chamar de seu.


Abraços e até a próxima.